sábado, 22 de novembro de 2008

Ortografia


O encontro do dia 23/10 foi surpreendente. Fomos convidadas a escrever um ditado de palavras que não existem. Durante o ditado, rimos muito das quatro frases esquisitas que ouvimos. Depois, cada uma foi ao quadro mostrar como foram escritas as frases e recebemos explicações bastante lógicas e pertinentes, mas inesperadas, sobre cada uma delas.
1. A fatipa velo poder ver.
Esta foi a maneira como eu escrevi, mas cada colega escreveu de um jeito(ou tudo junto, ou tudo seperado). Acredito que é isso que acontece quando promovemos um ditado para as crianças do 1° ao 3º ano, que ainda possuem um nível vocabular bastante reduzido.
2. Zambão sarrega o japequinho.
Aqui a maioria escreveu igual, o que causou problema foi o “japequinho”, que algumas escreveram "japequim". Quem utiliza o z para zambão, o m antes de b, escreve sarrega com s, rr e g já demonstra internalização das regras básicas da escrita. Acredito que é o que se espera de crianças a partir do 3º ano.
3. Maria linfou o jamoso peixaral.
Além de demonstrar domínio das regras básicas de ortografia, quem escreve esta frase desta maneira, prova que já possui algum conhecimento das regras gramaticais (linfou – ou – terminação da 3ª pessoa do plural / jamoso – oso – terminação de alguns adjetivos / peixaral – lembra milharal, cafezal – substantivos derivados). A partir do 5º ano, já se espera esse tipo de “resposta”.
4. O Sircunhento ortecujou a Gimália.
Eu escrevi desta maneira, mas como se trata de palavras que não existem, o que me impediria de escrever: O Circunxento hortecujou a Gimalha? Aqui entra, mais uma vez, a importância da leitura. Segundo Cloder R. Matos “Quem lê adquire vocábulos e estruturas frásicas que usará na produção de seus próprios textos.”

2 comentários:

Professora Samara disse...

Muito bem Fátima, está se entendendo com o Blog!!!
Parabéns.

Luzia disse...

Fátima, você detalhou mesmo o encontro desse dia. Nada lhe escapou. Também, perfeccionista como você é... Parabéns!
Abraço!
Luzia